segunda-feira, 30 de junho de 2008

Formas de Debate

Existem três formas básicas de debate no MINI-ONU: Debate Formal, Debate Moderado e Debate Não-Moderado.
No Debate Formal, a mesa diretora reconhece os países inscritos na lista de oradores, gradativamente. Assim, os países que desejem proferir um discurso, devem se inscrever na lista e aguardar o reconhecimento para a fala.
No Debate Moderado a lista de oradores é deixada de lado e os delegados que queiram se pronunciar devem erguer suas placas e aguardar a escolha aleatória da mesa diretora para o pronunciamento.
Já no Debate Não-Moderado, os diretores não intervêm no andamento do debate; os delegados podem transitar pelo comitê e não há tempo de fala estabelecido e nem uma lista de oradores formalizada.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Regras e Procedimentos



Saber as regras é essencial para uma boa participação do delegado.Há regras gerais e específicas.As gerais estão publicadas na página do MINI-ONU no endereço
http://www.pucminas.br/mini-onu/2008/mini_regras.html
Use algum tempo para se familiarizar com o teor e vocabulário das mesmas.As regras específicas de cada comitê serão apresentadas oportunamente ou no momento da revisão de regras.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Falar em Público

Falar em Público é uma das mais importantes habilidades para o delegado do MINI-ONU. Ele precisará defender a posição de sua representação, construir consensos e formular resoluções e recomendações. Normalmente o tempo de discurso de cada delegado será dado pela mesa diretora de seu respectivo comitê. No entanto, os delegados poderão propor moções para aumentar ou diminuir o tempo dos discursos.
Haverá muitas oportunidades para se falar no comitê durante o MINI-ONU. De modo geral, salvo os comitês que forem regidos por regras específicas, a mesa manterá uma Lista de Oradores para aqueles que desejem proferir discursos formais. Haverá a possibilidade de debates informais. No entanto, recomenda-se que, mesmo nessas situações, se mantenham os princípios da fala em público.
Muitos delegados temem falar em frente a grandes grupos. A melhor forma de lidar com tais situações é fazer uma boa preparação. Portanto, os delegados devem pesquisar de modo exaustivo sobre a posição dos países e acerca dos pontos que desejam incluir em uma resolução. Em uma palavra, se o delegado vem bem preparado para seu comitê, ele terá disposição na fala e transmitirá confiança aos seus pares.

Como fazer um discurso de abertura

Primeiro, agradeça a presidência da mesa dizendo "Obrigado Sr./Sra./ Presidente…"
Faça um breve histórico sobre o assunto e sua relação com o país representado.
Elabore sobre os efeitos atuais que o tema causa em seu país.
Forneça a posição de seu país sobre o tema. Agregue uma justificativa de tal posição levando em conta a economia, política, religião, etc. de seu país.
O delegado poderá explicar como a posição de seu país se relaciona com a de outros membros, com as grandes potencies, blocos regionais, etc.
Aponte ações já tomadas pela ONU.
Apresente idéias para resolução, reforçando os objetivos de seu país para em tal resolução.
Indique aos membros do comitê se seu país está disposto a negociar.
Como falar durante o debate
Novamente, agradeça a presidência da mesa.
Encoraje a colaboração entre os membros do comitê com proposições construtivas.
Ao se referir as falas de outros delgados, você pode indicar apoio ou recusa de determinadas posições.
Apresente idéias para a constituição de resoluções ou recomendações.
Explique o porquê de seu país apoiar ou não determinada proposta de resolução.

Algumas dicas

Preparação: Decida como você se sente mais confortável ao falar. Você pode usar seu DPO como discurso de abertura ou relacionar alguns tópicos fundamentais. Com o tempo, você se sentirá mais confortável para falar sem o auxílio das notas ou textos de apoio. Se pretender usar sentenças ou palavras que não lhe são familiar, confirme a pronúncia e o significado antes de proferi-las.
Pratique: Ensaiar o discurso é a melhor forma de aprimorar sua habilidade de falar em público. Tente faze-lo junto a um professor, amigo ou colega de simulação. Quando ouvir um discurso, critique-o de modo construtivo. Se receber críticas, use-as como ferramenta para aprimorar sua habilidade.
Leve em conta seu público: Faça seu discurso de modo apropriado a idade e experiência da audiência. Lembre-se que o início do discurso deve captar a atenção dos ouvintes e fazer com que eles queiram ouvir mais.
Elimine palavras desnecessárias: Palavras como “é..”, “ok”, “né”, “então”, dentre outras, podem distrair a audiência e desvia-los do real objetivo.
Use pausas em seu discurso: Momentos de silêncio entre sentences podem ser uma ferramenta importante. Pausar após uma sentence importante ou ante de responder uma questão ajuda a manter a atenção da platéia. Ainda, uma pausa pode lhe propiciar tempo para formular sua próxima sentença.
Respiração: Tente respirar usando seu diafragma. Se você respire corretamente, verá o movimento de seu abdômen a cada respiração. Tente inspirar e expirar completamente.
Mantenha o Ritmo: Não fale muito rápido, nem muito devagar. Lembre-se de não cair na comum tentação de falar em ritmo muito acelerado.
Escolha uma postura correta: Cuide para que você não assume uma postura que desvie ou desvirtue a atenção da platéia. Mantenha postura ereta, relaxe os ombros, pise firmemente e mantenha os joelhos levemente separados, isso irá ajudar a comunicar segurança.
Projete sua presença: Falar em tom médio e baixo pode ajudar a projetar autoridade, mas certifique-se de que você está sendo ouvido. Concentre-se na fala com entusiasmo e energia.
Gestos: Você pode tirar vantagem de gestos e expressões feitas com seu rosto, mãos, braços e corpo. No entanto, preste atenção para não exagerar e distrair o público.
Comunique com seu público: Procure não ler suas anotações, apenas faça rápidas conferências para ajudar a manter a linha de pensamento. Deste modo, você poderá manter contato visual direto com as pessoas de sua platéia.
Não tergiverse: Fale de modo conciso de modo que a platéia não perca os argumentos principais em favor de detalhes sem importância. Tente não falar ‘em círculos’, vá direto ao ponto mais importante.
Seja Positivo: Ao invés de criticar negativamente outro ponto de vista, faça considerações construtivas, propondo alternativas.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Documento de Posição Oficial (DPO)

O DPO é um documento que detalha as posições das representações em cada comitê. O MINI ONU pede aos seus participantes que preparem seus respectivos DPOs para que sejam entregues no primeiro dia de atividades.
Está será tarefa fácil se os alunos fizeram boa pesquisa e estudos a respeito de suas respectivas representações. Além de permitir que todos compartilhem as informações relativas ao posicionamento da representação, o DPO será a baliza a ser seguida pelos delegados na condução dos debates.
O DPO não poderá exceder 1 página e deverá trazer os principais pontos defendidos pelo país relativo ao tema em discussão em dado comitê.
Um exemplo de DPO será postado logo abaixo.

Como preparar o DPO

Apesar de parecer tarefa difícil, principalmente para delegados iniciantes, a escrita do DPO será bem tarefa fácil se o trabalho de pesquisa for feito com cuidado e dedicação.
O DPO deve conter breve introdução seguida de condensada explicação da posição assumida pelo país no temas discutido no comitê. Um bom DPO não trará somente fatos, mas também propostas e resoluções. Lembre-se de incluir no documento os tópicos pedidos na seção do GUIA DE ESTUDOS que trata dos assuntos que uma resolução deve conter.

Resumindo, um bom DPO devera trazer:

* Breve introdução relativa à sua representação à história do tópico e do comitê em que tal assunto será tratado;
* Como seu país é afetado pelo tema em questão;
* A política de sal representação a este respeito, juntamente com a justificativa para adotá-la;
* Citações de líderes de sua representação relativas ao tema tratado;
* Estatísticas que justifiquem a posição adotada;
* Ações adotadas pela representação no que tange o tema;
* Convenções e resoluções assinadas e ratificadas pela sua representação;
* Ações da ONU apoiadas ou rejeitadas por sua representação;
* Quais são os parâmetros que sua representação considera, razoáveis para lidar com o tema;
* Qual o(s) objetivo(s) seu país espera alcançar na resolução que resultará das discussões do comitê;
* Finalmente, como a posição das outras representações afeta a sua representação.

Lembre-se que todos estes fatos devem ser tratados de modo conciso e objetivo para que não exceda ao tamanho máximo pedido pelo MINI ONU.
Bom trabalho.

Fonte:
http://www.unausa.org/site/pp.asp?c=fvKRI8MPJpF&b=457143 (consulta em 24/04/2007 às 16h40min)

Exemplo de Documento de Posição Oficial

País: República de Cuba
Comitê: Organização Mundial da Saúde (OMS)
Tópico: Biotecnologia e Transgênicos
Escola: Centro de Estudos MINI-ONU
Desde que se tornou um país socialista, em 1959, Cuba sempre teve como prioridade o desenvolvimento científico, tanto para o crescimento econômico quanto como um instrumento de melhorias sociais. Sua economia planificada, alicerçada em ajudas financeiras vindas do bloco soviético, foi um fator determinante no progresso de determinadas áreas de pesquisa, em especial a recombinação gênica. Foi na década de 80 que o país se encontrou num intenso processo de desenvolvimento em relação à biotecnologia moderna. Esperava-se que esse setor pudesse facilitar a diversificação de produtos e a substituição de importações, essenciais para o progresso nacional, além de tornar a nação mais independente da tecnologia de transnacionais dos países industrializados, especialmente em relação à medicina.
A queda da União Soviética, em 1991, evidenciou a fragilidade do modelo desenvolvimentista cubano. O país era extremamente dependente da monocultura da cana-de-açúcar e praticamente todos seus produtos, inclusive alimentos de primeira necessidade, eram importados do Comecon (uma espécie de “assistência econômica” do bloco soviético) – que faliu junto com o socialismo na Europa. A necessidade de se implantar uma nova forma de desenvolvimento levou Cuba a investir tudo o que restava em três setores econômicos, sendo um deles a biotecnologia. Exemplos de resultados desa medida são o Centro de Ingeniería Genética y Biotecnología (CIGB) e o National Food Programme (NFP).
Objetivos da utilização da biotecnologia em Cuba:
1 – O aumento da produção de gêneros e de seu valor nutricional: Como o açúcar continua sendo o principal produto de exportação, Cuba precisa de aumentar a produção de outros gêneros sem reduzir a área açucareira. Além disse, frente à fome generalizada que atinge o país, é necessário suprir a deficiência do organismo através da criação de alimentos com maiores taxas nutricionais. As “biofábricas” em Cuba já criaram variedades transgênicas de cana-de-açúcar, batata, tomate, tabaco, banana e soja, com alta resistência a doenças e maior durabilidade.
2 – A produção de fertiizantes biológicos, herbicidas e pesticidas: No intuito de substituir a importação de defensivos agrícolas e fertilizantes, foi criado um plano de controle de pestes biológicas. Atualmente, a grande maioria desses produtos são nacionais e fabricados através da biotecnologia.
3 – A produção de recursos na área médica: O setor médico também vem sendo alvo da biotecnologia, principalmente com vistas a diversficar a pauta de exportações. Um dos principais produtos que é amplamente comercializado no mercado externo é a vacina contra meningite B, importada pelo Brasil, Uruguai, Bolívia, Nicarágua, países da Europa, África e Ásia. Outro produto de exportação é a vacina da hepatite B, comercializada na Colômbia, Venezuela e alguns países da Europa.
Cuba também se aproveita da biotecnologia para criar peixes transgênicos, como a tilapia, que se desenvolvem mais rápido e apresentam maiores portes quando adultos.
A enorme crise econômica vivida pelo país desde o início da década comprometeu bastante a pesquisa biotecnológica, que envolve treinamento especial, instrumentos modernos e patentes, tornando-se um gasto de certa forma insustentável. Apesar disso, Cuba ainda mantém um centro de pesquisas e desenvolvimento nessa área, no inuito de encontrar, cada vez mais, soluções adequadas para o problema da fome e da variedade de gêneros, principalmente no setor agrícola.
A posição oficial de Cuba é, portanto, a favor do uso de quaisquer produtos geneticamente modificados. Três ressalvas, porém, são imprescindíveis: 1 – há de se fazer uma intensa pesquisa prévia, acerca dos danos ao ser humano e às cadeias alimentares que possam ser alteradas. 2 – há de se controlar rigorosamente as áreas com plantio transgênico ou de criação de animais transgênicos; caso algum ser geneticamente modificado fuja de controle, as consequências para o ambiente são inimagináveis. 3 – os governos devem informar sua população dos riscos que os transgênicos podem acarretar à saúde e ao meio ambiente, bem como rotular obrigatoriamente tais produtos, de forma que o cidadão saiba o que ele está consumindo.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Pesquisa

Ela é fundamental para uma boa preparação de seu aluno.Sem pesquisa, o aluno não terá substância nas discussões e sua atuação estará comprometida. Portanto, reserve bom tempo para este ítem.
Boa preparação é prenúncio de delegado participativo e influente no comitê.O aluno deve reunir a maior quantidade possível de dados (significativos) sobre o país que irá representar.
Promova atividades em sala, e fora dela, que incentivem debates relativos aos temas que serão discutidos. Boa atividade é pedir um trabalho individual de investigação sobre o país. Lembre-se que o teor deste trabalho não deve ser imparcial. Antes, deve ser feito levando-se em conta a posição do país em questão. Para tanto, instrua seus alunos para que leiam discursos oficiais (com os presidenciais, do ministro das Relações Exteriores e outros representantes diplomáticos, do exército, etc) sobre o tema a ser discutido no MINI ONU.
O objetivo é que se perceba a orientação do país a ser representado. Após ser feito o exercício de leitura, peça um trabalho escrito. Ele será boa referência para avaliação da percepção que seu aluno adquiriu.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Preparação


Alguns dos tópicos que serão discutidos nas próximas semanas.
1. PESQUISA
2. DPO(Documento de Posição Oficial)
3. FALAR EM PÚBLICO
4. REGRAS DE PROCEDIMENTO
5. FORMAS DE DEBATE
6. FORMULAÇÃO DE RESOLUÇÕES
7. NOTAS SOBRE VESTIMENTA
Para aqueles que se sentem confortáveis com leitura em inglês, sugerimos a leitura da página da ONU http://www.unausa.org/site/pp.asp?c=fvKRI8MPJpF&b=457131 Ela é útil e contem excelentes informações para você realizar uma boa preparação de delegados.