sexta-feira, 16 de maio de 2008

Carta da Secretária Geral

Caros delegados,

É com imenso prazer que lhes dou às boas vindas à nona edição do Modelo Intercolegial da Organização das Nações Unidas, o MINI-ONU.

Faz exatamente seis anos que ingressei na carreira dos modelos e, desde então, não saí mais. Quando ainda estava no Ensino Médio e ouvi falar de uma “tal simulação da ONU”, achei um pouco estranho, mas resolvi participar para ver como isso poderia fazer a diferença para mim. Sem muita esperança ou motivação me inscrevi e, com certeza, foi uma das decisões mais acertadas da minha vida. A visão que muitos têm e que eu também tinha era que o MINI-ONU era algo para os estudantes frenéticos do Ensino Médio, que estavam dispostos a passar um feriado inteiro falando sobre coisas chatas e complexas.
Contudo, essa perspectiva desapareceu assim que entrei na sala para as discussões. Vi que lá estava pessoas tão normais quanto eu. Pessoas que também tinham as mesmas curiosidades e desejos de compreender o que o MINI-ONU poderia trazer de bom.
A primeira experiência foi inesquecível. Tanto que decidi voltar nos outros anos. Cada vez mais o mundo das negociações me envolvia e me agregava de tal forma que eu parecia estar em um “mundo paralelo” quando estava representando um país. Ao perceber isso, vi que este seria o meu futuro. Decidi fazer Relações Internacionais e hoje tenho imenso prazer de ocupar o cargo de Secretária-Geral do Modelo que iniciei como delegada.
O mundo contemporâneo precisa de pessoas antenadas, curiosas, perspicazes. Pessoas que sejam cidadãs e queiram fazer a diferença. Pode parecer muito pouco participar de uma simulação para fazer a diferença. Pois lhes digo que a diferença já começa a ser “feita” assim quando nos é delegada a função de representar um país e ter o poder de decisão nas mãos. Ter a capacidade e a responsabilidade de decidir sobre circunstâncias que irão inferir sobre a vida das pessoas. Mais do que isso, o modelo incita a vontade de fazer algo e de mudar algumas coisas que parecem não estar tão certas.
Se participar de mudanças não é o seu foco central, então a experiência poder ser válida para conhecer novas pessoas, se interar de assuntos atuais e, até mesmo, influenciar sua opção profissional.
A variedade de temas ofertados pelo MINI-ONU passa por questões de segurança, meio-ambiente, direitos humanos, comércio, desenvolvimento, política externa, além de assuntos específicos que não necessariamente compõem a alçada do Sistema ONU, porém, não menos interessantes. Com uma estrutura capaz de abrigar cerca de mil delegados, contamos com dezessete comitês que abordam desde questões históricas como simulações futurísticas.
Desejo que o 9º MINI-ONU possa ser para cada um de vocês uma ótima oportunidade de aprendizado, amizade e, também, de boas recordações, com lembranças que os acompanhe por um longo período.

Atenciosamente,

Priscila Gomes da Silva
Secretária-Geral do 9º MINI-ONU